A Festa é uma construção permanente. E começa no preciso momento em que, na Atalaia, as portas se fecham sobre uma edição. O trabalho, que foi uma constante durante um ano - na sua concepção colectiva, na administração das forças que todas convergem para uma realização de três dias, na criatividade que vai depois deslumbrar os visitantes, na seriedade com que, de cada vez, se organizam as propostas que vão concretizar-se no terreno e, por fim, nos meses de Verão, em que o trabalho voluntário ergue uma cidade e que a põe a funcionar para que milhares de visitantes sejam bem recebidos - todo esse trabalho parece, na madrugada de domingo, ter chegado ao fim. Nada de menos verdadeiro. Na manhã seguinte é dia de «desconstrução» que, neste caso, é um trabalho construtivo. Desarmar pavilhões, desmontar tubos, recolher materiais, arrumá-los, é a árdua tarefa que espera os camaradas e os amigos que os ajudam. Há muito a fazer na Atalaia. Para que tudo seja, de novo, possível. É que para o ano há mais Festa!